Home 2022 › Fóruns › Shiphandling, Naval Shiphandling e SQUAT › ARTE NAVAL – CAPÍTULO 12 (atracar com corrente ou vento pela proa)
Marcado: arte naval, atracacao seguimento a vante
- Este tópico contém 6 respostas, 4 vozes e foi atualizado pela última vez 5 anos, 9 meses atrás por fabio.
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5 de junho de 2017 às 22:31 #4707wtlcampoParticipante
Fiquei com dúvida sobre trecho do item 12.28 – atracar com corrente ou vento pela proa.
Reprodução de trecho:
Se a corrente for paralela ao cais, o navio deve aproar a ela, a uma distância
razoável do cais e com velocidade tal que possa parar um pouco a vante do
lugar de atracação. Ao chegar a essa posição, dá-se para terra um lançante
de proa, põe-se o leme para o bordo do cais para encostar a POPA, e deixase
o navio cair com a corrente, agüentado pela espia, e, se for preciso, auxiliado
pela máquina.Dúvida:
Não seria “…põe-se o leme para o bordo do cais para encostar a PROA”, ao invés de “…encostar a POPA”, no trecho acima??
Colocando o leme para o bordo do cais, a popa tenderá a se afastar do cais e a proa a aproximar-se (ou seja, diferente do que está escrito no AN).
O que imagino é que com a proa encostada no cais ou muito próxima a ele (após algum tempo com leme para o bordo do cais), o prático poderia ordenar que o leme fosse aliviado aos poucos. Com isso, a força do leme tendendo a afastar a popa do cais iria diminuir e a corrente de proa, incidindo obliquamente no costado do navio, iria aos poucos fazendo a popa encostar no cais sem que a proa se afastasse. No final, o navio estaria paralelo e bem próximo ao cais.O que acham?
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7 de junho de 2017 às 09:38 #4710fabioMestre
A proa encosta com a espia. O leme para o cais, na cabeça do autor, funciona por que o navio tem seguimento a ré em relação à água.
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7 de junho de 2017 às 22:51 #4714wtlcampoParticipante
Valeu! Ficou claro agora. Não tinha me tocado que o navio estava dando à ré. De fato, o texto fala que a manobra começa com a parada do navio à frente do ponto de atracação. Com o navio com seguimento à ré em relação à água, faz sentido o leme para bordo do cais para encostar a popa.
Obrigado!
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10 de outubro de 2017 às 14:16 #4891JEFFERSON VIEIRAEspectador
No momento de fundear, pode-se dar uma ligeira guinada para o mesmo bordo do ferro que se vai largar, a fim de evitar que a amarra roce no costado
eu não consegui visualizar o porque guinar para o mesmo bordo do ferro afastaria a amarra do costado.
Favor elucidar.
Grato -
12 de outubro de 2017 às 15:17 #4897fabioMestre
Primeiro vamos contextualizar sua dúvida. Imagino que tenha saído da pg 623 do livro, onde se lê:” Para fundear em marcha a vante, o navio deve se aproximar do fundeadouro em velocidade reduzida e parar as máquinas a cerca de três comprimentos (do navio) da posição escolhida. Assim se procura ter um seguimento de dois ou três nós ao largar o ferro e logo se dá atrás a um terço de velocidade, o que fará parar o navio quando estiverem fora dois ou três quartéis de amarra, em águas de pouco fundo. No momento de fundear, pode-se dar uma ligeira guinada para o mesmo bordo do ferro que se vai largar, a fim de evitar que a amarra roce no costado e faça um cotovelo muito acentuado no escovém enquanto houver seguimento para vante; esse cotovelo deve ser evitado, porque passa a ser um ponto fraco na amarra.”
Com segmento a vante (e sem corrente de proa), guina-se para o bordo do ferro que vai largar, para criar um abatimento, afastando assim a amarra do costado do navio, e diminuindo o ângulo entre a amarra e o escovém.
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24 de dezembro de 2018 às 11:55 #5713sandro_peresEspectador
Fabio,
Em relação ao seu comentário:
“O leme para o cais, na cabeça do autor, funciona por que o navio tem seguimento a ré em relação à água.”
Não consigo enxergar como o navio pode ter seguimento a ré em relação a água.
De acordo com o texto do livro:
“põe-se o leme para o bordo do cais para encostar a popa, e deixase o navio cair com a corrente, agüentado pela espia, e, se for preciso, auxiliado pela máquina.”
A máquina será ligada apenas de preciso. Ou seja, não ligando a máquina teremos apenas o efeito da corrente de proa que fara que o navio tenha um seguimento AV em relação a água. Apenas em relação ao cais que ele estará AR.
Desta forma não consigo entender como o leme voltado para o cais poderia auxiliar a encostar a popa. Me parece que apenas o conjugado de força resultante da corrente de proa e da espia de proa contribui para a popa encostar. O leme voltado para o cais se contraporia a esta tendencia.
Talvez seja uma duvida muito simples, mas realmente não estou conseguindo entender apenas lendo o livro… Comecei a estudar faz 4 semanas.
Sandro Huguenin Peres
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28 de dezembro de 2018 às 20:53 #5720fabioMestre
Sandro, copiando a resposta do outro tópico que voce criou:
“essa passagem está mesmo mal explicada no livro do Murilo Fonseca. Acho que o autor quiz dizer vento pela proa, e com as águas paradas aí sim o segmento a ré permitiria ao leme levar a popa para o cais.”
Realmente o leme somente teria esse efeito se o navio estivesse com segmento a ré em relação à água.
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